Proibido brincar no futebol.

Todo mundo que acompanha futebol viu o caso do jogador Jairo, do Figueirense, que teve que usar um vestido rosa no treino. O assunto foi muito falado essa semana, já tá até desgastado, mas como não vi um jornalista sequer, falando disso do jeito que eu queria ouvir, resolvi expressar aqui minha opinião para ver se alguém pensa da mesma maneira. Aliás, antes da minha opinião, quero criticar uma maneira de atuar da crítica esportiva.
No Globo, que foi onde li pela primeira vez sobre o assunto, vi uma crítica árdua ao técnico Roberto Fernandes, que segundo o jornal, teria feito o jogador usar o tal vestido feminino porque o mesmo tinha treinado mal no dia anterior. Abaixo da crítica, que trazia um forçado histórico de insucesso do treinador, vinha um comentário sobre uma advogada da OAB dizendo que o jogador poderia (e deveria) processar Fernandes por tê-lo feito passar por aquela situação, blá blá blá.
Ora, antes de falar tudo isso sobre o treinador seria mais prudente e correto pesquisar sobre o caso. Descobriu-se que não foi Roberto Fernandes que levou o vestido, que não foi o treinador que inventou a brincadeira e mais: que ela já ocorria na época do antigo treinador (Alexandre Gallo).
A brincadeira na época de Gallo era que o jogador que se saísse mal teria que usar uma camisa com a palavra "fanfarrão" escrita. Na era Fernandes, a brincadeira é pagar uma prenda qualquer, e dessa vez, um jogador do elenco levou a camisola. Sem maldade, só pra sacanear mesmo o Jairo que foi mal no treino.
Agora me diz: que mal tem isso? Sinceramente, o pessoal tá querendo tirar o restinho de brincadeira que ainda existe no futebol. A gente escuta e lê tanta história engraçada do futebol antigo e fica imaginando como era um esporte alegre porque atualmente as histórias engraçadas e os folclores estão acabando. Onde estão os Vampetas, Denílsons, Túlios Maravilhas, Garrinchas? Que o espírito alegre e folclórico desses reapareçam nos próximos jogadores! (e o vestido era até bonitinho...)

Heitor F.C.